domingo, 13 de setembro de 2009

De rios e agradecimentos

Cumprida parte do compromisso que assumi, com a entrega do Ensaio “Mulher e Filosofia – Uma Visão Transdisciplinar” às organizadoras da Coletânea sobre a mulher, volto à “menina dos meus olhos”: o blog, onde deslizo nas águas do rio da imaginação, sem preocupações acadêmicas.

Não obstante, carrego comigo, onde quer que eu vá, uma mochila “à prova dágua”, cuja bagagem inclui, necessariamente, um compromisso ético com questões sócio-ambientais, educativas e culturais, e um “interesse amoroso” pelo aprimoramento das relações entre os seres humanos num contexto de justiça e igualdade, no qual a causa feminina se insere.

Nesta altura da crônica, justamente quando me empolgo e começo a deslanchar minha verborragia, sou interrompida, como sempre, por Dª Nena, minha sensata conselheira: -“Melhor sair já desse rio e colocar os pés na terra, antes que morra afogada”. Flagrada no deslize, tento defender-me: – “Eu só pretendia contar @ leitores sobre a experiência desta noite e fazer um agradecimento a algumas mulheres especiais”. – “Pois bem, está desafiada a fazê-lo em apenas três parágrafos”. Obedeço.
O fato é que, tendo deitado ontem com uma espécie de “nostalgia blogueira”, acordei alta madrugada com uma crônica “pronta”, virgulada e pontuada, na cabeça. Revisei-a em pensamento e acreditando poder guardar na memória o conteúdo, virei para o lado e me entreguei aos braços de Morfeu. Pela manhã, ingrata surpresa: Mnemosina, mãe das musas inspiradoras, ela mesma Deusa da Memória, vingou-se pela displicência com que tratei a inspiração (não anotando imediatamente o que me havia sido sussurrado). Conclusão: não consegui lembrar nem uma palavra. Espero ter aprendido a lição.

Outra coisa que preciso deixar registrada e que devia ter sido escrita já no primeiro parágrafo, quando comecei a divagar, é a honra e o prazer de estar trabalhando ao lado de mulheres incríveis, mestres, doutoras, professoras universitárias, que disponibilizam seu tempo e sua bagagem acadêmica em prol das questões de gênero, com repercussões sociais para a causa das minorias .

À jurista Patrícia M. Bertolin, minha “filha” (do coração), que me convidou a participar do livro, à generosa doutoranda em Direito, Lidiane Longo, que me amparou nos deslizes pontuais acadêmicos e bibliográficos e à jornalista Maristela Ajalla, “irmã” guerreira, com suas sugestões de leitura e provocações inefáveis, meu amor e minha gratidão. Às demais companheiras dessa luta pela causa feminina, minha admiração e cumprimentos.

2 comentários:

Anônimo disse...

Quero saber do lançamento em São Paulo e no Guarujá, hein
O que importa que é ao levantar poeiras, as partículas atinguem novos lugares no universo. Mesmo que a "poeira" baixe, você foi lá mexer no terreno de terra batida. Aliás, espero que continue levantando muita poeira...rsrsr
Bjos
Obrigada por compartilhar seu saber comigo.
Namastê
Maristela Ajalla

Suzete Carvalho disse...

Olá,jornalista milagreira.
Agora entendi porque minha conselheira D.Nena me recomendou (re)colocar os pés na terra. Há muito que revolver, muita poeira a levantar, muito que des-enterrar, muito a replantar. As mulheres estão fazendo a sua parte. Aliás, não se chama aos tempos da Deusa, a Grande Mãe, (último neolítico), o período da Revolução Agrícola?
Eram tempos de paz, em que a terra era de todos e também tempos de tecnologia (embora não se fale nisso), haja vista o incrível sistema de irrigação e os fabulosos palácios minóicos.
Quanto ao(s) lançamento(s) do livro, você é m/convidada de honra.
Namastê.