quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

A Aura Azul de Rudolf

Peço perdão aos leitores pelo intervalo prolongado. O cansaço e uma pequena cirurgia me tiraram (literalmente) do ar nos últimos tempos, mas volto revigorada para re-encetar nosso diálogo, esperando que a recíproca seja verdadeira.

Após uma rápida tentativa de descansar no Guarujá (vide postagens de 20 de novembro, intituladas “Consciência Negra” e Princesa da Orla II), voltei ao lar e me entreguei (antes da alta médica) ao “garimpo” de mais informações sobre os assuntos relacionados às minhas próximas co-participações em Coletâneas de Ensaios, uma sobre os 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e outra sobre “Consumismo”.

Por “sorte”, um compromisso anteriormente assumido com amig@s, me levou a passar mais uns dias fora da cidade, agora na “deliciosa” Campos do Jordão, onde a riquíssima flora da Mantiqueira propiciou o relaxamento necessário à recuperação total de minha vista. Ao verde inebriante que recobre a montanha, acresça-se a profusão de hortênsias azul-violeta e folhas de araucária nas mais variadas tonalidades que dadivosamente se oferecem ao olhar, entre outras inefáveis belezas.

Não bastasse o esplendor da Natureza e a alegria do contato diuturno com pessoas queridas - Clara, Paulo, Dione, Valdir e João Baptista, meu "companheiro estelar" para usar a expressão de Eugênia Pickina que sempre enriquece o blog com seus comentários - tive mais uma grata surpresa: a visão da “aura” de Rudolf, um pré-adolescente dono de um par dos mais belos, profundos, compassivos e inteligentes olhos azuis que já conheci.

Sorridente, gentil e “antenado”, Rudolf – que poderia ser meu bisneto! - é daquelas crianças que têm o dom de nos devolver a confiança no futuro. Trocamos ideias e endereços (e.mail, orkut e blog – que ele também os tem) e nos comprometemos a manter contato. Vou desafiá-lo a postar um comentário nesta matéria, do alto de seus onze anos de idade. Aguardemos.

A propósito, aguardarei também que algum(a) leitor(a), apiedado dos compromissos literários que assumi, nos brinde com sua experiência, oferecendo “dicas” (sempre bem-vindas) e sugestões de leitura e de contato, especialmente sobre o trabalho infantil, seja doméstico ou rural e outras formas de exploração de crianças e adolescentes – esse o tema específico sobre o próximo Ensaio – para que possamos contribuir para que um dia o brilho dos olhos de Rudolf se reflita em incontáveis outros olhos infantis, sejam verdes, azuis, castanhos ou negros.

7 comentários:

Robson Fernando de Souza disse...

Suzete, obrigado por entrar no Consciência Efervescente novamente e desculpe por ter me ausentado do seu.

Sobre trabalho infantil, tenho uma contribuição pequenininha, mas que talvez sirva:

http://www.consciencia.blog.br/2009/12/trabalho-infantil-just-do-it.html
É disso que vem os Nike Shox dos rapazes alienados das faculdades. Exploração de trabalho infantil em países asiáticos.

Abs

Suzete Carvalho disse...

Olá, Robson
Quem agradece sou eu, pela oportunidade de poder acompanhar seu importante trabalho em prol de um mundo livre de discriminações.
Suas contribuições são sempre enriquecedoras e fazem efervescer as consciências alienadas dos jovens e, verdade seja dita, também dos idosos (como eu-rsrs), aprisionados que ainda estamos todos a condicionamentos culturais retrógrados e androcentrados.
Apareça sempre, pois sua participação faz a diferença.
Abraços.

RK disse...

oi Suzete!
adorei sua crônica, obrigado pelos elogios (embora não mereça),você foi e é uma pessoa muito especial para mim,....uma grande amiga.

abraços e beijos,
RUDOLF Quintino Meyer

Suzete Carvalho disse...

Olá, Rudolf
Não seja modesto, você merece os elogios e muito mais, até porque escreve como um adulto de, no mínimo, 19 (!) anos, Sr. RK. Pelo seu comentário, @s leitor@s perceberão que tenho razão.
Saiba que você também "foi e é uma pessoa muito especial para mim" e espero continuar merecendo o título de "grande amiga".
Repeti suas palavras e as coloquei entre aspas porque as considerei muito apropriadas ao nosso feliz encontro.
"Obrigada porque você existe" (como dizia uma pessoa muito querida que já se foi), mas nunca se esqueça daqueles que não nasceram tão privilegiados quanto você.
Adorei seu comentário. Vamos manter contato, está bem?
Abraços e beijos "too".

Eugênia Pickina disse...

Suzete, adorei o texto. Rudolf me tocou profundamente... Inclusive sua resposta (comentário) modesta, própria de uma "alma azul", talvez um índigo, pois eles estão aí, no mundo, trazendo consciência e a integração entre razão-sentimento. Grata por fazer menção àquilo que sinto em relação ao meu "companheiro estelar". Você é muito especial e, vou tomar emprestada a sua expressão: "Obrigada porque você existe".
Um beijo. Muita luz. Saudades.

Suzete Carvalho disse...

Olá, Eugênia
Pois é, a nova geração vem aí "com tudo", produto de um tempo que se supera a si mesmo (para o bem ou para o mal). Cabe-nos, portanto, acolhê-la e abrir espaço para que possa expressar amorosamente sua potencialidade, hoje enriquecida por conhecimentos "nunca dantes navegados" e pela própria evolução da espécie (como diz minha filha).
Purifiquemos seu caminho dos medos e preconceitos e essa "tchurma" alargará a estrada das inclusões.
Por um mundo melhor para todos os seres.
Abraço carinhoso.

RK disse...

Susete esta relendo este "parecer" que escrevera, por muuuuito tempo não nos correspondemos, gostaria de falar com voce.
do seu eterno amigo,
Rudolf Meyer