segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

2010 - Tempo de Kairós

Hoje, sou alertada por minha conselheira Dª Nena, logo ao acordar: - “Vamos nos organizar? Acho que está havendo um ruído de comunicação. Não somos eu e o blog a precisar de férias, é você. Como incentivar o diálogo, mola mestra d@s blogueir@s, se não consegue fazer a sua parte? E digo mais, não se assoberbe, para que não se “abafe” a inspiração. Delegue funções, divida preocupações. Aprenda a dizer não, inclusive a você mesma”.

Envergonhada, percebo que estou entrando no “jogo do tempo” e, como sempre fazemos quando apanhad@s em flagrante, tento me defender: - “É o tempo que está acelerado e eu tenho que correr atrás, para dar conta do recado.” - “Você se esquece”, responde calmamente a sábia senhora, “que o tempo é apenas uma dimensão pela qual estamos passando? De que adianta correr atrás de algo que se desfaz em si mesmo?”.

Tento desarquivar da memória ensinamentos ancestrais. Não é a Cronos (o tempo sequencial, “tempo dos homens”) que devemos reverência, mas a Kairós, (o tempo qualitativo, “tempo divino”) aquele que tem asas nos pés e nos permite “saltar” sem atropelos por entre as vicissitudes e alegrias do cotidiano. Oh, Mitologia abençoada, porque te subestimamos?

Celebrações, tempestades, apagões, viroses, projetos a implantar, matérias a editorar, prazos de compromissos pré-assumidos a se esgotar (e a nos esgotar) levaram-me a impôr ao blog, um silêncio forçado nas últimas semanas. A mente, dispersa entre tantos clamores, não permite que a inspiração se manifeste com plenitude e esta, asas cortadas, somente se detém nas circunstâncias ou se recolhe, a aguardar oportunidade de expressão.

Entregar-se inteiramente a cada trabalho, a cada pessoa, a cada momento, é uma arte a ser exercitada na busca da excelência. E embora haja uma conecção entre tod@s, cada um(a) deve ser cuidad@ de per si, como se únic@ fôra. Somente assim a memória, a observação, a experiência e a inspiração se aliam e se alinham para que cada assunto, cada compromisso, permeado pelo Amor, flua a seu tempo, o tempo de Kairós.

5 comentários:

Camila disse...

Gostei de você,principalmente porque você me ensina a cada post!
Espero que eu consiga interpretar da maneira correta!

Cobranças por toda parte,inclusive e especialmente, as suas próprias.
Ansiedade,vontade de fazer tudo e...tudo tem seu tempo.

Abraço,
Camila V.

Anônimo disse...

Querida Suzete, sou grata ao seu post, sobretudo pelo instante que atravesso, no qual o tempo se faz redondo... Suas palavras, instrutivas, calam meu ser e me dão esperança. Continue, por favor! Bjs e bjs. Eugênia.

Suzete Carvalho disse...

obrigada

Anônimo disse...

Oi Suzete
Minha querida e sumida..rsrrs...
Uma vez li um Livro "Nascimento do Tempo" Ilia Prigogine, Nobel de Química de 1997. Ele me deixou mais confusa ainda (do que penso ser...) Pois plantou em minha mente a dúvida de que o tempo não existe...coisa doida, né
E já que o tempo não existe, podemos estar em tempos e realidade diferentes ao mesmo tempo
Tudo pode acontecer e nada pode acontecer. É uma questão de opção.
Fique tranquila com o tempo. Nós, que já acostumamos a ler seus artios, sentimos falta quando eles não surgem. Mas suas crônicas, artigos e demais comentários existem num outro plano, num plano acima do papel...eles existem e vencem o tempo.
Bjos
Namastê
Maristela Ajalla

Suzete Carvalho disse...

Hello, Adelina

Também não sei como funciona.
Publico seu post com a esperança de que algum(a) d@s leitor@s possa ajudá-la.
Good Luck