segunda-feira, 26 de abril de 2010

BASTA UMA PALAVRA - II

BASTA UMA PALAVRA II


Madre Teresa de Calcutá, mundialmente conhecida por sua dedicação aos desvalidos da Índia, costumava dizer àquel@s que a visitavam em Calcutá, que qualquer pessoa estava capacitada a fazer caridade, eis que, muitas das vezes, basta apenas uma palavra. Ou um sorriso, poder-se-ia acrescentar.

O fato é que toda pessoa iluminada – e ela o foi, sem sombra de dúvida – consegue expressar profundos conceitos de sabedoria e amor utilizando um mínimo de palavras. É o caso do sábio conselho, pois, muitas vezes basta mesmo uma palavra para que renasçam esperanças ou para que a paz volte a encontrar guarida em corações amargurados.

Esmiuçada a expressão em todas as suas possibilidades conotativas, conseguimos detectar na frase simples, vista quase como simplória pelos donos da verdade, um alcance insuspeitado à primeira vista: Quantas vezes dizer apenas “te amo” ou “perdão” dissolveriam incertezas e ressentimentos.

Quantas vezes deixamos de dizer um simples “não”, um puro “basta”, um mero “adeus” que nos libertaria de tormentos, frustrações ou mesmo de um “distresse” – o estresse que se torna patológico. Temores reais ou imaginários, nos fazem adiar a decisão. Falta-nos coragem. Sim, coragem e decisão, estes os pressupostos da ação libertadora, tão simples e tão complexa: a palavra certa, na hora certa, para a pessoa certa.

Às vezes, verdade seja dita, faz-se necessária toda uma preparação psico-emocional ou mesmo concreta, como terminar um trabalho, fechar um ciclo. Mas, tomada a decisão, faz-se a grande descoberta: o próprio Cosmos passa a conspirar a nosso favor, as sincronicidades se apresentam como sussurros angelicais, o tempo voa nas asas de Kairós e, de repente, estamos frente a frente com nosso indefectível destino: a liberdade.

4 comentários:

Eugênia Pickina disse...

Querida Suzete, seu texto me emocionou bastante. Sim, pois é sábio ofertar uma boa palavra e permitir-se, também doses de generosidade, como quando perdoamos e nos perdoamos, livrando-nos das algemas dos ressentimentos e de estados nocivos, facilmente corrigidos pela dissolução de receios, mágoas e pequenas coisas que podem fazer de nossas vidas um inferno. Afinal, a conquista do "paraíso" depende também de uma boa vontade... Eu já aprendi a respirar antes de produzir uma palavra que fira... Melhor ser ferido. E muito melhor tentar viver expandindo o bem, o belo, as manifestações simples do amor. Grata pelo texto! Bjs.

*E para recordar Madre Tereza: "Doe, mas doe até doer..." Sim, pois o amor é o melhor de nós.

Anônimo disse...

Oii!!
Amei tudo que escreveu.
Me fez muito bem!

Senhorita Suzete,minha sobrinha nasceu!Estou explodindo de alegria por dentro e por fora!
Eu e a mãe estamos ajudando a cuidar dela...então me desculpe a pressa,mas saiba que sempre estarei passando por aqui.
Saiba também que possuo um sentimento de carinho muito grande pela senhorita,e pelo teu blog!

Beijinhoos!
CUIDE-SE!
Camila V.

Suzete Carvalho disse...

Olá, bem-amada e bem-vinda Eugênia.
Com certeza a conquista do Paraíso depende de boa vontade, nossa e de nossos Protetores, que não se cansam de nos perdoar. Mas, como perdoar é difícil, não é mesmo? Às vezes nos perdoarmos torna-se ainda mais difícil do que perdoar às outras pessoas, a quem geralmente culpamos por nossas mazelas.
"Respirar antes de produzir uma palavra que fira" é um bom caminho, se bem que, como dizia minha mãe, às vezes é melhor "contar até dez" pra garantir tranquilidade interior.
Grata pelo comentário. Bjos.

Suzete Carvalho disse...

Olá, Camila V.
Que bom saber que o que eu escrevo pode, eventualmente, fazer bem a alguém. Essa a única razão que me move a continuar.
Que bom saber também que você está ajudando a cuidar de sua sobrinha.
Bebês também fazem muito bem à gente. Despertam nosso lado amoroso. Espero que ela seja muito feliz.
Obrigada pelo carinho.