Crônica de Outubro*
“Outubro é o mês da criança”, proclamam as propagandas mercadológicas que pululam em todas as mídias, ansiosas por abocanhar nossas parcas economias. “É o mês das eleições”, garantem os políticos em sua desabrida ânsia de Poder e, também, diga-se a bem da verdade, as pessoas conscientes da importância da cidadania. Oh, não, este é o mês dedicado à Padroeira do Brasil, retrucam inúmeros fiéis, já que o país é majoritariamente católico. Ora, diriam as pessoas idosas, o mês começa com o “Dia da Terceira Idade”, portanto o mês é nosso!
Sem dúvida, todas essas comemorações são válidas, como tantas outras, já que cada dia do ano tem sido dedicado a algo ou alguém, mas, ao que me parece, importante mesmo seria procurar entender o que tantas “festas” estão a nos sinalizar, ou melhor, o que simbolizam. Em outras palavras, eu diria que, talvez fosse interessante que nos detivéssemos um pouquinho para pensar o que nos compete fazer para que realmente essas celebrações façam algum sentido. Ou não.
• Introdução a uma crônica abortada...
“Outubro é o mês da criança”, proclamam as propagandas mercadológicas que pululam em todas as mídias, ansiosas por abocanhar nossas parcas economias. “É o mês das eleições”, garantem os políticos em sua desabrida ânsia de Poder e, também, diga-se a bem da verdade, as pessoas conscientes da importância da cidadania. Oh, não, este é o mês dedicado à Padroeira do Brasil, retrucam inúmeros fiéis, já que o país é majoritariamente católico. Ora, diriam as pessoas idosas, o mês começa com o “Dia da Terceira Idade”, portanto o mês é nosso!
Sem dúvida, todas essas comemorações são válidas, como tantas outras, já que cada dia do ano tem sido dedicado a algo ou alguém, mas, ao que me parece, importante mesmo seria procurar entender o que tantas “festas” estão a nos sinalizar, ou melhor, o que simbolizam. Em outras palavras, eu diria que, talvez fosse interessante que nos detivéssemos um pouquinho para pensar o que nos compete fazer para que realmente essas celebrações façam algum sentido. Ou não.
• Introdução a uma crônica abortada...
2 comentários:
Querida, seu texto, muito perspicaz, comenta o que é pouco dito. Crianças e consumo inconsciente, eleições e lástimas relativas ao poder, esquecido quase sempre a questão coletiva, muita ganância e discursos vazios, Padroeira e falta de religiosidade, e importa menos a "religião", terceira idade e esquecimento dos idosos sem abrigo, carinho, cuidado... Não sei. A esperança pode ser mantida, mas seu conselho é muito pragmático, imediato, presente e concreto... E para que o vir-a-ser tenha significado e sentido, apesar de tantas comemorações que banalizam a infância, a Mãe... Não quero nada dizer sobre políticos... Beijos e obrigada pelo seu escrito que nos faz pensar, sentir, querer contribuir com um tempo mais próximo a Kairós e não somente preso ao calendário (comercial) de um tempo "devorador"... Beijos. Saudades. Eugenia
Sim, querida Eugênia, que Kairós possa nos salvar de Cronos "devorador". Agarremo-nos, pois, às suas asas...
Namastê. Beijos. Suzete.
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