Brioches
A amiga (há quatro décadas): “Mariazinha,
já que você é tão inteligente, lê tanto, escreve tão bem, por quê você não diz
o que pensa sobre o governo militar?”. Mariazinha: “Porque eu sou covarde e preciso
do meu emprego. Simples assim.” A “amiga” (há quatro dias): “Maria, já que
você é tão inteligente, lê tanto, escreve tão bem, por quê você apoia esse governo
que usa o “nosso” dinheiro pra distribuir ‘bolsa família’ e incentivar a
vagabundagem?”. Maria: “Porque sou
grata à vida, que nos dá oportunidade de nos redimirmos de nossa covardia”. A amiga: “Não entendi... Maria, acorda(!), eu estou falando com você!”. Maria, ‘acordando’: “Desculpe, eu me distraí
olhando a sua bolsa. Linda, né?”. A “amiga”, com ar importante: “É Vuitton.
Comprei em Paris.” Maria: “Ah! Agora
vamos à sua pergunta...”. A amiga,
interrompendo: “Deixa esse papo pra lá e vamos ao lanche. Advinha o que eu mandei
a cozinheira preparar!”. Maria: “Brioches?”...”
sc/25/06/2013. Da série “Microcontos macrorrealistas”. Postada hoje, tb em m/Mural no Facebook.
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