Au revoir!
Sugestões de Maria Antonieta (“o
nome é uma homenagem à grande Marie Antoinette, já que mamãe descobriu que
estava grávida durante umas férias em Paris”), paulistana ‘da gema’,
quatrocentona, e, portanto, de uma família “de bem”, para as principais questões
do momento:
Para a falta de água:
- Beba Perriet, ora!
- E para a higiene corporal?
- Bem , vamos começar pelas
partes mais nobres:
a) Para as mãos: gel antissético, mas não se esqueça de usar
um creme hidratante depois, pra pele não ficar ressecada. Aproveite e passe
também no cotovelo, que é uma parte muito sensível.
b) Para a face e pescoço: à
noite, emulsão cremosa com ação demaquilante, seguida de um creme nutritivo.
Pela manhã, um tônico de limpeza e depois um hidratante apropriado à sua idade.
c) Para as axilas: um bom antitranspirante.
Os importados são os melhores. Ah, isso vale também para todas as demais
sugestões.
d) Para as costas, pernas e pés:
uma boa massagem com óleos aromáticos.
f) Para os cabelos... bem, melhor
consultar um bom profissional que saberá orientá-la de acordo com o tipo de
fios.
g) Enfim, não saia de casa sem um
bom perfume francês, que é pra não ser afetada pelos odores do Zé povinho, que
não tem noção de higiene.
- Já que falou no assunto, como
ficam as pessoas pobres, que às vezes mal têm acesso sequer a um pedaço de pão para os filhos?
- Bem, aí tenho umas
considerações mais profundas a fazer:
1º - Pobre não tem filho,
querida, tem prole (kkk). Quer saber? Jamais entendi porque pobre gosta tanto
de pôr filho no mundo, se não pode sustentar. Agora, então, têm um motivo a
mais: o tal do bolsa-família!
2º - Eles bem que podiam
trabalhar, em vez de ficar vagabundeando às custas do “bolsa tudo” que a Madame
Terrorista (pra não dizer outra coisa, kkk) distribui com o dinheiro dos
impostos que as pessoas de bem pagam ao Estado.
3º - Ah, sobre a água: eles já
estão acostumados a não tomar banho, então, pra eles tanto faz. Aliás, os
representantes dessa ditadura comunista que aí está, vivem proclamando que estão
fazendo voltar a água lá pro nordeste, porque não ‘deportam’ os pobres pra lá?
4º - Pra encerrar a conversa, se
não têm pão, que comam brioches e nos deixem em paz com essa conversa mole
sobre direitos humanos... Au revoir!”